Eugène-Joseph Verboeckhoven
Estás nos limites que serram meus lábios
Em delírio das neblinas, das certezas, dos incrédulos
Na brisa que corre em face trêmula
E nos instantes vagos em que em minhas pupilas passavas
Suprindo o canto das dores ocultas
Na voz silenciosa que reflete em teus passos
Julgo-me eterna em meu próprio domínio
No soar desafinado dessas noites macias
Querendo ser o espanto dos pássaros
E a coragem dessas correntezas
Sopra as arestas que rodeiam o pensamento
E os reclames das horas a fio
Sinta meus seios em tuas mãos
Ouça minhas palavras absolutas
A rima pobre desses versos incertos
E limita-te ao som que emite meu corpo
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