Silvia Pelissero
Não quero caminhar enquanto posso levitar
Quero rasgar as fechaduras e não abrir as portas
Quero ir até os ossos, sentir o calor do sangue e o tremor da pulsação
Gostoso é tatear o escuro e ter surpresas com a sensação
Tirar das vísceras o ardor da dúvida e a falta de discernimento
Vou abri a palma e deixar que voe, que perca o rumo
Com o pesar da palavra
Com o desejo que passeie pelos meus dedos e escorra de volta
Pra dentro da minha blusa.